sábado, 29 de novembro de 2014

Insónia

Arranhado, de braço ensanguentado
Escritura na parede,
Olhar desolado
Boca seca
Insaciável sede.
Tudo se apaga
A luz desvanece,
O silêncio perdura
A dor permanece
Desconforto Permanente
Temperatura arrefece
Não pára mesmo que tente
Insónia esta, que não desaparece.

Aqui estou eu deitado neste chão
pensando, sozinho.

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

À noite

De mais belo sorriso
Olhos estonteantes
Continuo a vê-la à noite
Mas não como antes.

Ainda me lembro de sorrisos
Palavras e momentos
De cumplicidade,
A transbordar de sentimentos.

Aqueles que mantêm vivo
O que sinto dentro de mim
Não me vou esquecer deles
Pelo menos não assim.

Pois tudo vale a pena
Existe sempre uma oportunidade
Quero voltar a sorrir,
Sentir esse fogo que arde.

Ver o seu sorriso
O brilho do seu olhar
Quero vê-la durante a noite
Sem que seja a sonhar.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Que mais posso fazer?

Sabes que...
Eu gosto de ti como és
E por ti faço tudo,
Corria o Mundo de lés a lés,
Vasculhava todo o seu conteúdo
E não parava mesmo que me faltasse
O fôlego ou força nos pés.
Pois mesmo que passe
Mal na quinta dificuldade
Por ti passava por dez.
Não desistiria sem que lutasse
E esperaria por ti morrendo de ansiedade.
Só para te poder sentir em meus braços
Quer sair de mim esta vontade...
Que mais posso fazer?
Se, sem ti momentos em que consigo sorrir são escassos.  

domingo, 23 de novembro de 2014

Inspiração

É só mais um que se acende,
Mais um cigarro aceso
De lápis na mão, folha em branco
Pensamento coeso.

Nada me pode prender
Palavras aparecem fluentemente
Escrever algo positivo
É difícil mesmo que tente.

Sei que posso estar mal
E não ter motivos para sorrir
Talvez seja só nestes momentos
Que o que sinto facilmente consegue fluir.

De infinito limite
De fácil escrita
À espera do convite
Falta que facilita
De quem podia aqui estar
Mas... Hesita.

sábado, 22 de novembro de 2014

Espontaneamente 

Alegria espontânea
Espontaneamente desaparece
Um vazio que se sente,
Posso gritar para toda a gente
Que ninguém ouve a minha prece.

Deva desistir?
Ou gritar ainda mais alto?
Esta dor que de mim se apodera
Que não me deixa viver sem sobressalto.

Lutar ou não lutar
Contra esta luta interior
Ou deixarei simplesmente
apoderar-se de mim a dor?

Nunca desisti,
Mas talvez tenha chegado a hora
Mas queria continuar a lutar
Por tudo o que se foi embora.

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Um dia, Um lar

Agora que a meu lado não a tenho
Apodera-se de mim a saudade
São recordações dela
que atenuam a minha debelidade.

Mas consigo guardar imagens
Relembrando-as, sorrio sozinho
São elas que me dão coragem
Para continuar no caminho.

Espero que nunca acabem
mas mesmo sem elas não vou parar
porque quero criar com ela, um dia
Um sitio que possa chamar de lar.

sábado, 2 de outubro de 2010

Confusão

A confusão perdura,
Reina em mim
Não me deixa andar
Chegar ao fim.

É como se estivesse preso
Atado e algemado
Mas estou bem pior que isso
Amo e não sou amado.

É muito duro para quem ama
E não é amado
É um estúpido amor,
Um amor ignorado.